Cervicalgia por espondilose: alívio, exames e tratamento

Cervicalgia por espondilose: alívio, exames e tratamento

Sentir dor constante no pescoço é mais comum do que se imagina. Quando a causa é a degeneração das vértebras, chamamos de cervicalgia por espondilose. Isso traz dor, rigidez e, às vezes, formigamento nos braços.

Se você quer entender exames úteis, opções de tratamento e medidas práticas para alívio, este texto foi feito para você. Vou explicar com linguagem simples, exemplos e passos práticos que pode aplicar hoje mesmo.

O que é e por que acontece

À luz do que afirma o Dr. Aurélio Arantes, médico especialista em coluna, a cervicalgia por espondilose surge quando há desgaste dos discos e das articulações da coluna cervical. Com o tempo, isso gera osteófitos, rigidez e redução da mobilidade. Pessoas com trabalhos que mantêm o pescoço por muito tempo na mesma posição tendem a desenvolver sintomas mais cedo.

Idade é um fator importante, mas não é o único. Traumas antigos, má postura e movimentos repetitivos contribuem para o quadro. Nem toda espondilose causa dor, mas quando causa, chamamos de cervicalgia por espondilose.

Sinais e sintomas comuns

Os sintomas variam, mas há padrões que ajudam no reconhecimento.

  • Dor local: Dor no pescoço, que piora ao virar a cabeça.
  • Rigidez: Sensação de pescoço “travado” ao acordar ou após longos períodos sentado.
  • Irradiação: Dor, queimação ou formigamento que desce para o ombro e braço.
  • Fraqueza: Em casos mais avançados, perda de força nas mãos ou queda de performance em tarefas finas.

Quando a raiz nervosa é comprimida, o sintoma pode imitar problemas do ombro ou do cotovelo. Por isso a avaliação médica é importante para localizar a origem.

Exames que ajudam no diagnóstico

O diagnóstico começa com uma boa história clínica e exame físico. Depois, o médico decide quais exames são necessários.

  1. Raio-X: Avalia o alinhamento e sinais de desgaste ósseo.
  2. Ressonância magnética: Mostra compressão de nervos e alterações de discos.
  3. Tomografia computadorizada: Útil quando se precisa ver os ossos com mais detalhe.
  4. Eletromiografia: Indica se há comprometimento nervoso funcional.

A escolha dos exames depende dos sintomas e da intensidade da dor. Nem todo caso precisa de ressonância imediata.

Tratamento conservador: o primeiro passo

Na maioria das vezes, o tratamento começa sem cirurgia. Isso inclui fisioterapia, medicamentos e mudanças de hábitos. O objetivo é controlar a dor, recuperar a função e evitar recidivas.

  • Fisioterapia: Exercícios para fortalecer a musculatura cervical e melhorar a postura.
  • Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios por curtos períodos para controlar crises.
  • Órteses leves: Uso temporário de colar cervical em casos agudos e por orientação médica.

Exercícios simples, como alongamentos cervicais e fortalecimento dos romboides, costumam trazer melhora rápida. O terapeuta adapta o programa ao seu nível e rotina.

Injeções e procedimentos minimamente invasivos

Se a dor persiste apesar das terapias conservadoras, procedimentos podem ser considerados. Eles visam diminuir a inflamação local e aliviar a compressão nervosa.

  • Bloqueios nervosos: Injeção de anestésico e anti-inflamatório próximo à raiz nervosa para alívio temporário e diagnóstico.
  • Radiofrequência: Procedimento que reduz a dor crônica em estruturas facetárias.
  • Infiltração epidural: Usada quando há dor irradiada devido à compressão radicular.

Esses procedimentos exigem imagem e profissional experiente. Quando bem indicados, reduzem a necessidade de cirurgia.

Quando a cirurgia é indicada

A cirurgia é reservada para casos com compressão significativa da medula ou quando há perda progressiva de força. Também pode ser indicação se a dor for incapacitante e não responder a tratamentos bem conduzidos.

O objetivo cirúrgico é descomprimir nervos e estabilizar a coluna quando necessário. Existem técnicas mais conservadoras e outras mais complexas, dependendo do nível e da extensão do problema.

Medidas práticas para alívio imediato

Além do tratamento médico, há medidas simples que você pode aplicar em casa para reduzir sintomas.

  1. Pausa ativa: A cada 30 a 60 minutos, levante-se e faça um alongamento do pescoço por 30 segundos.
  2. Posição de dormir: Use travesseiro que suporte a curva cervical, evitando travesseiros muito altos.
  3. Aplicação de calor: Calor local por 15 a 20 minutos alivia rigidez e dor muscular.
  4. Postura no trabalho: Ajuste a altura da tela e mantenha os ombros relaxados.

Essas mudanças pequenas reduzem a sobrecarga na coluna cervical e melhoram os sintomas ao longo das semanas.

Quando procurar um especialista

Segundo um médico especialista em coluna em Goiânia, procure atendimento quando a dor limita atividades diárias, há fraqueza progressiva nas mãos ou perda de controle dos esfíncteres. Nesses casos, avaliação rápida é necessária.

Isso vai acelerar o diagnóstico e o tratamento adequado. Um profissional experiente direciona os exames certos e monta um plano eficaz.

Conclusão

Cervicalgia por espondilose é uma causa comum de dor no pescoço, mas com diagnóstico correto e tratamento adequado é possível melhorar muito a qualidade de vida. Comece com medidas simples: ajuste da postura, fisioterapia e exercícios. Use exames para confirmar a origem da dor e considere procedimentos guiados quando necessário. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser a solução para recuperar função.

Se a dor está atrapalhando seu dia a dia, aplique as dicas acima e procure avaliação profissional. Quanto antes tratar, menores as chances de piora. Cervicalgia por espondilose merece atenção, e agir hoje pode evitar problemas maiores amanhã.

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