Segundo os dados do Ministério da Saúde, quase 1 em cada 5 brasileiros (que é 18,9% da população) é obeso e mais que a outra metade das pessoas do país (54%) está em excesso de peso.
A conhecida obesidade é reconhecidamente uma doença crônica. É também a porta de entrada para outras enfermidades, como por exemplo a pressão alta e diabetes. Existem múltiplas causas, como a predisposição genética e estilo de vida. Esse problema não tem cura, mas tem controle, o primeiro passo é a reeducação alimentar e também a prática regular de atividade física.
Em vista que ter o excesso de peso é uma doença e nem todas pessoas conseguem emagrecer com as mudanças na rotina, a utilização de remédios para perder peso acaba sendo uma grande alternativa válida para combater esse mal.
Mas quem pode utilizar e quando esses medicamentos devem ser adotados a estratégia para tratar esse problema? Segundo Walmir Coutinho, que é professor e diretor do departamento de medicina da faculdade Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), os remédios para emagrecer são somente recomendados para adultos com o índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que trinta. Ou de vinte e sete para cima nas pessoas com comorbidades associadas, como a diabetes, a hipertensão arterial, o colesterol elevado e disfunções osteomusculares (que prejudicam todos os movimentos e a locomoção).
O médico Rogério Friedman, que é membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), acrescenta também que os remédios para emagrecer como a Lipozepina, devem ser vistos também como parte de um programa de gerenciamento do peso para quem de fato precisa. O medicamento seria apenas empregado quando não se consegue os resultados esperados com dieta e atividade física”, diz
Remédio para emagrecer vicia?
Ao contrário do que muita gente pensa, esses remédios para emagrecer que são vendidos atualmente não viciam. Isso é um grande mito. “O que acontece é que, pela obesidade ser uma doença crônica, é necessário fazer uso deles por grandes períodos. Quando o paciente para de toma-lo, a doença pode voltar a se manifestar com grande intensidade.
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Contra a discriminação
Apesar de considerados bem seguros pelos especialistas consultados, desde que seja respeitado o perfil do paciente e também utilizados nas doses certas e com o acompanhamento adequado, os remédios para emagrecer ainda são vistos com grande ressalva por parte da população e também até da comunidade médica.
Um dos grandes motivos é justamente o caso de gerar o vicio ou não. “Os primeiros remédios que foram fabricados contra obesidade e perda de peso eram da família da anfetamina, que poderiam, sim, causar a dependência e grandes efeitos colaterais perigosos. A partir disso se construiu um cenário de grande desconfiança e preocupação que permanece.”
Outro ponto é a frustração mediante o seu uso. “Mesmo os melhores medicamentos para perda de peso podem não ser 100% eficazes e nem funcionar para todo mundo.
O problema é que muitos dos pacientes depositam neles todas as expectativas e acabam deixando de se comprometer com a dieta e a atividade física. Aí, quando não acontecem os resultados, acabam se desmotivando e culpando o remédio.