O mal de parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos e a qualidade de vida das pessoas que sofrem com ela. A enfermagem tem um papel fundamental nos cuidados com esses pacientes, tanto na atenção primária à saúde quanto em outros níveis de atenção. Neste artigo, vamos abordar quais são os principais cuidados de enfermagem de mal de parkinson e como eles podem ajudar a melhorar o bem-estar dos pacientes.
O que é o mal de parkinson?
O mal de parkinson é uma doença que afeta as células nervosas do cérebro responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos do corpo. A falta de dopamina causa sintomas como tremores, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, alterações na postura, na fala e na expressão facial, entre outros.
O mal de parkinson não tem cura, mas pode ser tratado com medicamentos que repõem a dopamina ou que estimulam os seus receptores no cérebro. Além disso, outras terapias não farmacológicas, como a fisioterapia, a fonoaudiologia, a terapia ocupacional e a psicologia, podem auxiliar na reabilitação e na melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Quais são os cuidados de enfermagem de mal de parkinson?
A enfermagem pode atuar em diferentes aspectos do cuidado com o paciente com mal de parkinson, desde a prevenção até o tratamento. Veja a seguir alguns dos principais cuidados de enfermagem mal de parkinson:
Avaliação das funções motoras e não motoras
O enfermeiro deve avaliar periodicamente o paciente com mal de parkinson para identificar os sinais e sintomas da doença, bem como as possíveis complicações ou efeitos colaterais dos medicamentos. Para isso, ele pode usar escalas padronizadas, como a Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS), que mede a gravidade da doença em quatro domínios: atividades da vida diária, funções motoras, complicações motoras e funções não motoras. As funções não motoras incluem aspectos como o sono, o humor, a cognição, a memória, a deglutição, o olfato, o intestino e a bexiga.
Gerenciamento das atividades da vida diária e das atividades instrumentais de vida diária
O enfermeiro deve orientar e auxiliar o paciente com mal de parkinson nas atividades básicas do dia a dia, como se vestir, se alimentar, se higienizar e se locomover. Além disso, ele deve estimular o paciente a realizar atividades mais complexas, como fazer compras, usar o telefone, gerenciar o dinheiro e tomar decisões. O objetivo é manter a autonomia e a independência do paciente o máximo possível.
Educação para autogestão da doença para pessoas com parkinson e seus parceiros de cuidado
o enfermeiro deve educar o paciente e seus familiares ou cuidadores sobre o que é o mal de parkinson, quais são os seus sintomas, como evolui, quais são os tratamentos disponíveis e como aderir a eles. Ele deve esclarecer as dúvidas, fornecer informações confiáveis e atualizadas e incentivar o autocuidado. Ele deve também orientar sobre as medidas preventivas para evitar quedas, infecções, úlceras de pressão e outras complicações.
Abordagem supervisionada em grupo
O enfermeiro pode realizar intervenções em grupo com os pacientes com mal de parkinson e seus parceiros de cuidado, visando promover a troca de experiências, o apoio mútuo, a socialização e a adesão ao tratamento. Ele pode coordenar atividades educativas, recreativas ou terapêuticas que estimulem as funções físicas, cognitivas e emocionais dos participantes.
Gerenciamento dos fatores pessoais
O enfermeiro deve considerar os fatores pessoais do paciente com mal de parkinson, como sua idade, seu gênero, sua cultura, sua religião, seus valores e suas preferências. Ele deve respeitar a individualidade e a singularidade de cada paciente e adaptar o cuidado às suas necessidades e expectativas. Ele deve também valorizar os recursos e as potencialidades do paciente e reconhecer seus direitos e deveres.
Conclusão
O mal de parkinson é uma doença que requer cuidados multidisciplinares e contínuos. A enfermagem tem um papel essencial nesse processo, oferecendo cuidados de qualidade, humanizados e centrados no paciente. Os cuidados de enfermagem mal de parkinson envolvem avaliação, gerenciamento, educação, intervenção e acompanhamento do paciente e de seus parceiros de cuidado, visando melhorar sua saúde, sua funcionalidade e sua qualidade de vida.